Estudo experimental de intervenções reflexivas na terapia analítico-comportamental

Projeto de mestrado da aluna Roberta Bianca Marcelino de Almeida no Programa de Mestrado Profissional Em Análise do Comportamento Aplicada. Paradigma, SP, orientado pelo Prof. Dr. Denis Roberto Zamignani.

RESUMO: Observa-se a prevalência histórica do uso do modelo diretivo pelos psicólogos clínicos, na abordagem Analítico Comportamental. Porém, recentemente, alguns autores têm proposto o uso de estratégias reflexivas nas sessões de psicoterapia. Embora vantagens teóricas tenham sido apontadas sobre um ou outro estilo de intervenção, há poucas evidências sobre resultados positivos ou negativos de intervenções reflexivas. Este estudo tem como objetivo a caracterização e avaliação dos resultados de intervenções reflexivas em psicoterapia analítico comportamental, que será realizado por um estudo experimental com delineamento de multi-elementos, visando analisar o efeito da introdução e retirada de estratégias terapêuticas reflexivas. Serão analisadas especialmente verbalizações do terapeuta da categoria Solicitação de Reflexão, de acordo com o SiMCCIT - Sistema Multidimensional de Categorização do Comportamento na Interação Terapêutica.

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Desenvolvimento de uma escala de avaliação do Estabelecimento de Relações do Cliente no processo terapêutico: a Escala Paradigma de Reflexão e Insight

Pesquisadores responsáveis: Denis Roberto Zamignani, Bernardo Dutra Rodrigues, Emerson Simões Filho, Murilo Buso, Aline David de Oliveira (bolsista de Pesquisa do Programa de Qualificação Avançada em Clínica Analítico-Comportamental – auto-financiado), Roberto Alves Banaco.  

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RESUMO: Na literatura de pesquisa clínica, há certo debate sobre o estilo de intervenção terapêutica e seus efeitos. Entre os estilos possíveis, destacam-se intervenções prescritivas e intervenções reflexivas. Os comportamentos prescritivos do terapeuta estão, frequentemente, associados ao aumento da probabilidade de que o cliente apresente, de forma subsequente, padrões de resistência, caracterizados por comportamentos de oposição. De forma antagônica, as solicitações de reflexão feitas pelo terapeuta podem ter função de estimulação suplementar para a mudança do controle por estímulos sobre o comportamento do cliente, promovendo seu repertório de descrição de contingências, com menor probabilidade de resistência. Em uma abordagem mais reflexiva, o cliente é levado a relacionar eventos e estabelecer relações, as quais podem funcionar como comportamentos precorrentes para mudanças comportamentais, a depender da completude, coerência e consistência do tipo de reflexão ou análise estabelecida pelo ciente. Tais reflexões desenvolvidas pelo cliente também são denominadas na literatura da área como insights. O objetivo do presente estudo é o desenvolvimento de um instrumento para analisar as reflexões ou insights estabelecidos por clientes em processo terapêutico. Para isso, foi realizado um estudo sistemático da literatura sobre instrumentos de avaliação de insights; a partir deste levantamento foram levantados os itens mais relevantes e desenvolvida a escala; foram realizados testes de concordância entre observadores; a escala será aplicada a dois conjuntos de sessões com terapeutas diferentespara verificação de sua aplicabilidade.

Tradução e Adaptação Cultural da Escala de Avaliação da Sessão Terapêutica (Session Evaluation Questionnaire - William B. Stiles, 2012).

Pesquisadores responsáveis: Dra. Anna Carolina Ramos e Ananda Pantet.

RESUMO: Avaliações da eficácia da psicoterapia, bem como da diferença de eficácia entre tipos diferentes de psicoterapia, têm grande relevância tanto científica quanto social. Questões acerca da eficácia do tratamento geralmente são abordadas a partir de grupos que recebem diferentes condições de tratamento (ou controle), geralmente a partir de comparações feitas com base em medidas administradas no início e ao final do tratamento e refletem a quantidade média (média) de mudança do paciente entre os grupos. No entanto, critérios adicionais para avaliar a terapia e o valor relativo de diferentes técnicas incluem medidas alternativas de resultados e medidas relacionadas à eficiência, custo e avaliação do tratamento pelo paciente. Dentre estas medidas, destaca-se o Questionário de Avaliação de Sessões (“Session Evaluation Questionnaire” – SEQ), desenvolvido para avaliar e comparar a percepção do cliente e do terapeuta, independentemente, ao final de cada sessão. Neste instrumento, as sessões são avaliadas principalmente em duas dimenções: profundidade (depth) e complacência (smoothness). A escala é composta por 21 questões no modelo “Likert” (classificadas de 1 a 7). A SEQ é uma escala desenvolvida originalmente em língua inglesa e já traduzida e adaptada a diferentes idiomas e, portanto, amplamente utilizada na literatura. Desta forma, o objetivo deste estudo é fazer uma tradução e adaptação cultural, para uso no Brasil, da versão mais recente do Questionário de Avaliação de Sessões. O processo de tradução será conduzido conforme Beaton e colaboradores (2000), em cinco etapas: tradução, síntese, tradução reversa, revisão e pré-teste. O processo de tradução será feito por dois tradutores, de maneira independente, dos quais, um tradutor da área do estudo e um tradutor “leigo”. Em seguida à tradução haverá discussão entre os tradutores para resolver discrepâncias e estabelecer um único documento com a tradução final. Após esta etapa, dois tradutores bilíngues (cujo idioma nativo seja o inglês) realizarão uma tradução reversa. A este processo se seguirá uma revisão e discussão dos documentos pelo grupo de pesquisa, sendo estabelecida a versão final do instrumento. A versão final será aplicada em uma amostra independente a fim de avaliar a qualidade de compreensão dos itens e a possível validade do instrumento.

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Operacionalização do conceito de Responsividade na Terapia Analítico-Comportamental: Estudo Teórico

Pesquisadores responsáveis: Ana Carmen de Freitas Oliveira, Priscila Carvalho Kanamota, Roberta Bianca Marcelino de Almeida.

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Os princípios da Análise do Comportamento aplicados a prática clínica demandam investigações sobre as contingencias que atuam na sessão de terapia analítica-comportamental TAC. Estudos que buscam explicitar quais são as variáveis responsáveis pelas mudanças comportamentais observadas no cliente ao longo do processo indicam que, para além da aplicação de técnicas, as características do cliente e os comportamentos do terapeuta exercerem influência sobre o resultado da psicoterapia. Desde a década de 1970 pesquisadores clínicos já manifestavam sua preocupação sobre o desenvolvimento de habilidades pessoais do terapeuta para que a aplicação de técnicas comportamentais tenha êxito. A relação terapêutica é portanto ressaltada como uma variável relevante para o sucesso da terapia incitando melhor investigação dessa variável e de sua relação com os resultados clínicos obtidos.  Diversas pesquisas sobre processo terapêutico vem sendo desenvolvidas com intuito de identificar padrões dessa interação. Ademais, as dimensões contextuais da sessão são discutidas a partir da questão da responsividade no processo terapêutico. Esse conceito tem origem nos estudos sobre apego e estilo parentais. A responsividade tem a ver com um comportamento parental que visa promover o desenvolvimento da autonomia e da autoafirmação na criança por meio do afeto, do apoio emocional e da comunicação. Essa terminologia tem sido utilizada por terapeutas de diferentes abordagens para tratar dessa relação dinâmica entre processo terapêutico e resultados. O presente estudo visa operacionalizar o conceito de responsividade na prática clínica comportamental por meio de extensa revisão de literatura.

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